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A alegria de ensinar ( Rubem Alves )


Rubens Alves é educador, escritor, filósofo, teólogo e psicanalista, autor de livros e artigos de revistas que abordam temas educacionais, existenciais, religiosos. Por ter uma formação eclética tem publicações nas áreas de Teologia, Psicanálise, Sociologia, Filosofia e Educação como crônicas, ensaios, contos e livros infantis, ele também tem sido tema de várias teses, dissertações e monografias. Com mensagem direta e até romântica escreve sobre a essência do homem e a alma do ser.

Para Rubem Alves, ensinar é um ato de alegria, uma profissão que deve ser exercida com paixão e arte.
Rubem Alves nasceu em 15 de outubro de 1933, em Boa Esperança, MG. Em 1945 sua família mudou-se para o Rio de Janeiro, onde sofreu discriminação de seus colegas, devido seu sotaque, o que lhe deixou solitário e o levou a buscar refúgio na religião.

Fez Teologia de 1953 a 1957, exerceu a função de pastor em Lavras, interior de Minas Gerais de 1958 a 1963.

Em 1959 casou-se, teve três filhos, Sérgio, Marcos e Raquel.

Em 1963 foi estudar em Nova York, voltou em 1964 com o título de Mestre em Teologia pelo Union Theological Seminary.
Em 1968 foi denunciado como subversivo pelas autoridades da Igreja Presbiteriana e perseguido pelo regime militar, o que o levou de volta aos Estados Unidos.

Em 1969 torna-se doutor em Filosofia (Ph.D) pelo Princeton Theological Seminary, tem sua tese de doutorado em teologia, “A Theologia of Humam Hope”, publicada pela editora católica Coprpus Books.

Volta ao Brasil e começa a dar aulas de Filosofia na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Rio Claro (SP).

Em 1971, foi professor-visitante no Union Theological Seminary, Nova York, EUA.

Em 1973, transferiu-se para a Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, como professor-adjunto na Faculdade de Educação.

Em 1974 ocupa o cargo de professor titular de Filosofia no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da UNICAMP e nomeado professor titular na Faculdade de Educação. Em 1979, professor livre-docente no IFCH.


Em 1979 é Convidado pela "Nobel Fundation" e profere conferência intitulada "The Quest for Peace".
No início da década de 80 torna-se psicanalista pela Sociedade Paulista de Psicanálise.

Foi eleito representante dos professores titulares na Universidade Estadual de Campinas junto ao Conselho Universitário, no período de 1980 a 1985.


De 1983 a 1985 foi Diretor da Assessoria Especial para Assuntos de Ensino.
De 1985 a 1988 foi Diretor da Assessoria de Relações Internacionais.

Em 1988, foi professor-visitante na Universidade de Birmingham, Inglaterra. Posteriormente, fez redsidência no "Bellagio Study Center", Itália a convite da "Rockefeller Fundation".
Lecionou no Instituto Presbiteriano Gammon, em Lavras, MG, no Seminário Presbiteriano de Campinas, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Rio Claro e na UNICAMP onde recebeu o título de Professor Emérito e cidadão-honorário de Campinas, onde recebeu a medalha Carlos Gomes de contribuição à cultura.

Tem um grande número de publicações (crônicas, ensaios e contos), ele mesmo é o tema de diversas teses, dissertações e monografias. Tem livros publicados em outros idiomas, como inglês, francês, italiano, espanhol, alemão e romeno.
Atualmente vive em Campinas, onde mantém um grupo de leitura de poesias chamado Canoeiros com encontros semanais e também um restaurante, pois a culinária é uma de suas grandes paixões.


Algumas publicações:
 
 


Em seu livro a alegria de ensinar, o autor fala da alegria de ser professor e compara o exercício docente às dores de parto, das quais a mãe logo se esquece devido a alegria de ver a sua criança ao nascer. Faz menção de vários livros, autores, filósofos e divide com o leitor a opinião de outros pensadores da área da educação. 


Os professores sofrem influências das histórias vividas ao longo da sua vida escolar bem como dos seus admirados professores, tem sua identidade docente construída ao longo da formação acadêmica, da prática profissional e das relações sociais nas quais está inserido. Eles são, na verdade, pastores da alegria e há aí a evidência de um paradoxo real, pois as escolas são constituídas de duas classes: a classe dominante, a qual é composta pelos professores e administradores e a classe dos dominados, composta pelos alunos, os quais não são despertados em seus potenciais para descobrir o mundo, pois os dominantes os intimidam e paralisam, por meio de suas posturas frente ao alunado, a grande quantidade de informações que lhes são passadas, as quais não fazem relação com suas vidas diárias, a obrigatoriedade de ter que se frequentar a escola, passar de ano, ser uma pessoa bem sucedida e tudo isso em nome da educação e em serviço da economia sustentada pela ideologia da classe social dominante que está intrinsecamente relacionada com as condições históricas e sociais de sua comunidade.
Essa educação, sem dúvida não basta para que gere felicidade e dê sentido à vida, para isso é necessário que o conhecimento seja integrado com a vida, pois a educação tem criado pessoas que trilham apenas o caminho ensinado, não lhes é ensinado a pensar. O método educativo consiste em aprender, apenas, o que é transmitido, o que as tornam incapazes de pensar diferente. O método de avaliação adotado é o quantitativo, o que acaba incentivando os alunos a estudarem para passar de ano. Essa seria, na verdade, uma forma de se ultrapassar as barreiras ao êxito escolar e não simplesmente medir o aprendizado através da atribuição de valares às provas, mas sim um meio para o sucessivo acompanhamento do ensino aprendizagem e redefinições dos parâmetros pedagógicos, em geral, produz benefícios tanto para o aluno como para o professor, pois através da mesma, ambos podem medir seus conhecimentos e reavaliar suas práticas dentro do processo de ensino aprendizagem, mas na prática não acontece isso. Não lhes é ensinado que errar é uma aventura e que isso faz parte da vida, da ciência e do saber e que as respostas certas apenas os privam de viver essa aventura.
A educação é o processo pelo qual o educando vai se igualando às palavras que lhe foram ensinadas e para isso é necessário se esquecer do aprendizado adquirido para se aprender o novo, de outros mestres: pais, professores, líderes religiosos, políticos, livros, mídia e etc. É preciso se esquecer para lembrar, pois a sabedoria mora no esquecimento e isso é belo ao professor, embora chegando às escolas as crianças sejam transformadas para serem úteis à sociedade. Mesmo lindas, com sonhos de alegria, querem brincar e inspiram, no entanto, são inúteis e como a sociedade não tolera inutilidade as transformam em úteis e para tal usa a escola como uma ferramenta para formar cidadãos que devem deixar suas imaginações de lado, as quais certamente os levariam a novas experiências e descobertas, para que seus pensamentos tenham objetivos determinados atendendo assim aos interesses institucionais, pois dos pensamentos nascem os produtos e dessa maneira ocorre uma domesticação e adormecimento dos gênios e para que estes sejam despertados é necessário que os educadores se transformem em aprendizes, exercite o esquecimento e os despertem, por meio de palavras e sem ilusões, as quais farão surgir sonhos para uma vida sem limites.
Os educadores mediam a aprendizagem e isso é essencial ao desenvolvimento psicológico e tem o dever de ensinar a seus alunos a pensar, a refletir a indagar-se a si e a outros em busca de respostas, buscando o conhecimento através de questionamentos acerca da realidade a qual se está inserido, a despertar neles a curiosidade que instiga às perguntas, visto que são elas que os levarão a conhecer o desconhecido através do pensamento. É nisso que tem se constituído o grande desafio da educação do presente século, no qual há respostas online para tudo através da internet e acessível a todos, essas respostas são, de fato, o conhecimento sedimentado que será a base para a construção e reconstrução do seu conhecimento, são como receitas prontas e elas são importantes, mas apenas para transmissão do saber já consolidado, pois este torna o indivíduo um inconsciente de si mesmo, já que não é necessário pensar no que já se sabe.

O que desperta o aprendiz a ter desejo em aprender é a consciência que o futuro o aguarda como um vazio a ser explorado, conhecido, descoberto, realizado, transformado e, essas ações, só o pensamento o capacitará para tal e para que nasça o pensamento é necessário o amor de um professor que o ensine não apenas técnicas, mas o encoraje ao desconhecido e também a sonhar, pois “quando o sonho é forte o pensamento vem”.


Outras informações sobre o autor:

Formação, Carreira e Honrarias:
http://www.rubemalves.com.br/cemiterio.htm

Todas as Publicações:
http://www.rubemalves.com.br/listadelivroseartigos.htm

Frases de Rubem Alves:
http://pensador.uol.com.br/autor/rubem_alves/

A CASA DE RUBEM ALVES:
http://www.rubemalves.com.br/


Videos interessantes:
http://www.youtube.com/watch?v=PaCFf8L-2dA

http://www.youtube.com/watch?v=hHXky5ILlMc&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=kjkJJi4ukB8&feature=relmfu

http://www.youtube.com/watch?v=hHXky5ILlMc&feature=relmfu

http://www.youtube.com/watch?v=t6d4Ku4jpu4



BIBLIOGRAFIA:

A CASA DE RUBEM ALVES. Disponível em: http://www.rubemalves.com.br/. Acesso em 04 de junho de 2012 às 23:18
ALVES, Rubem. A alegria de ensinar. Campinas, SP: Papirus, 2000.

Proposta de Avaliação de Aprendizagem 02. Disponível em: http://www.ead.unifacs.br/moodle/mod/resource/view.php?id=134225. Acesso em 04 de junho de 2012 às 23:30

Rubem Alves. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Rubem_Alves. Acesso em 04 de junho de 2012 às 23:21



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